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Levantamento do Instituto de Pesquisa Genial Quaest aponta que 70% dos deputados federais são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende reduzir a jornada de trabalho.

Até mesmo na base do governo na Câmara Federal a proposta é rejeitada pela maioria da bancada. Na pesquisa, 55% declararam ser contra a mudança na escala 6×1 de trabalho semanal.

O posicionamento dos deputados federais vai ao encontro do que defende a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Na avaliação da entidade que representa o setor produtivo, o Brasil ainda não possui as condições estruturais necessárias para esse tipo de mudança, que levará ao risco de queda de produtividade, aumento de custos, perda de empregos, elevação da informalidade e prejuízo à competitividade nacional.

“Sem produtividade, não há jornada reduzida sustentável. O Brasil ainda precisa superar desafios estruturais sérios em educação, infraestrutura e acesso à tecnologia. A proposta de redução da jornada de trabalho pode parecer justa, mas, sem planejamento e base produtiva sólida, ela trará mais perdas do que ganhos”, defende a CACB.

A escala 6×1 é um modelo de trabalho previsto na Constituição brasileira que permite que o trabalhador possa atuar 6 dias na semana, com um dia de folga. A legislação brasileira, no entanto, delimita que a carga horária máxima deve ser de 44 horas por semana, ou seja, cerca de 7,3 horas por dia na escala 6×1.

A pesquisa “O que pensam os deputados federais”, da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 2 de junho, ouviu 203 parlamentares de 7 de maio a 30 de junho. O levantamento relata outros resultados relacionados a problemas que afligem a população brasileira.

Para 64% dos parlamentares, a política econômica do país está indo na direção errada. Para os deputados federais, economia, violência e corrupção são os principais problemas que o Brasil enfrenta.